top of page

AHESC-FEHOSC convocam reunião na Secretaria da Saúde para mostrar cenário alarmante dos hospitais

Foto do escritor: Tarcisio RaduntzTarcisio Raduntz

O presidente da AHESC, Altamiro Bittencourt e a presidente da FEHOSC, Irmã Neusa Luiz, agendaram nesta segunda-feira, 28 de junho, uma reunião na Secretaria de Estado de Saúde. O secretário adjunto da Saúde, Alexandre Fagundes e a superintendente de Planejamento em Saúde, Carmem Regina Delziovo, ouviram atentamente aos assuntos pautados, que envolveram a situação alarmante dos hospitais com a superlotação dos leitos de UTI, a necessidade de desburocratização para a aquisição do Certificado de Regularidade exigido pelo CREMESC, a preocupação com a retomada das cirurgias eletivas e a falta de medicamentos e recursos. Também participaram da reunião os diretores da FEHOSC, Claudemir Andrighi, Evandro Peck, Irmã Isolene Lofi e Márcio Sottana; o secretário executivo da AHESC, Leonardo Fretta e o diretor da AHESC, Fabio Lunkes.

Ao iniciar a reunião, o presidente da AHESC, Altamiro Bittencourt falou sobre a importância do diálogo e da parceria criada entre entidades e governo, parabenizando a gestão pelo trabalho de inclusão dos hospitais na construção da Política Hospitalar, o que tem refletido diretamente no atendimento à população. “A união das duas entidades resulta na representatividade de mais de 180 hospitais que prestam 80% dos atendimentos do SUS em SC, e acima de tudo, de milhares de catarinenses”, Vidas estão sendo salvas através do nosso trabalho, enaltece.

A presidente da FEHOSC, Ir. Neusa Luiz elencou os motivos que afligem o setor, iniciando com os critérios rigorosos do Conselho Regional de Medicina para a emissão do Certificado de Regularidade. “Em meio a uma pandemia, onde nos preocupamos com leitos de UTI lotados, falta de medicamentos e recursos, e carência de mão de obra; nos deparamos ainda com exigências severas do Conselho, que se tornam inviáveis para muitos hospitais”, enaltece. Ir. Neusa destacou que a principal dificuldade é a exigência de médicos plantonistas 24h nas maternidades, sendo eles: obstetra, pediatra e anestesiologista. Segundo a presidente, muitos hospitais de pequeno e médio porte realizam poucos partos por mês e só conseguem arcar com pagamento de médicos em regime sobreaviso.

Segundo os diretores, o fornecimento de plantões presenciais 24h resulta num investimento de R$ 80 mil a R$ 100 mil por mês. O que, num momento de calamidade é insustentável. Sendo assim, os hospitais solicitam apoio da SES na busca de uma flexibilização, por parte do CRM e a utilização de critérios diferentes para avaliar hospitais de diferentes complexidades, assim como o índice de partos.

A mesa também colocou em pauta a obrigatoriedade de médicos intensivistas por número de leitos. Para a regra de 1 intensivista para cada 15 leitos os representantes informaram a impossibilidade por conta do grande aumento dos leitos de unidade intensiva, da falta de recursos e também de mão de obra.

Em resposta, o secretário adjunto, Alexandre Fagundes informou que realizou uma reunião com o Cremesc na manhã desta segunda-feira (28/06), e que o Conselho se mostrou disposto em ajudar os hospitais, revendo algumas regras em consideração ao porte da unidade. “Durante a reunião elencamos as demandas e preocupações com os regramentos, onde o mesmo citou a possibilidade de não exigir algumas especialidades em plantão 24h, ou seja, oferecer um tratamento diferenciado para os diferentes portes,” destaca. “A ideia é criarmos uma Política viável, que se consiga colocar em prática”, completa.

Outro ponto da pauta tratou sobre a preocupação em reiniciar as cirurgias eletivas, levantando a necessidade de kits de UTI, de medicamentos e de financiamento para atender a uma demanda que pode ultrapassar a fila de 100 mil pessoas.

Sobre a falta de medicamentos, Alexandre falou sobre uma ONG que realiza importações por um preço acessível, sendo que três estados já realizaram o processo de compra: Rio Grande do Sul, Acre e Rondônia. A SES e as entidades, através do secretário executivo, Leonardo Fretta, estão em contato com a Organização.

O secretário adjunto comunicou que o Governo tem conhecimento e total noção das dificuldades que assolam o setor hospitalar diante da pandemia, e que, a expectativa é de que haja o enfraquecimento da pandemia com o avanço da vacinação, para que assim possa haver organização das cirurgias. A possibilidade de um incremento no financiamento das cirurgias não foi descartada por Alexandre, ao ser questionado pelo presidente da AHESC, Altamiro Bittencourt.

Fagundes ainda informou que a nova Política pretende capturar muitos hospitais que ficaram de fora e elogiou o novo modelo, “ Santa Catarina possui um dos melhores modelos de Política de enfrentamento do país, e as entidades AHESC-FEHOSC têm uma boa parcela nesse sucesso. Juntos estamos transformando uma política de governo em uma política de Estado”, finaliza.

 
 
 

Comments


Rua Jerônimo Coelho, 389, Ed. ACM 3º andar, Sl. 33 - Centro - Florianópolis - SC CEP 88.010-030

ahesc@ahesc.com.br

+55 48 3224-5866

  • Instagram
  • Facebook
bottom of page